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Guia completo para ingressar de forma legal no tiro esportivo

06 JUN 2025

O tiro esportivo tem ganhado espaço no Brasil, atraindo praticantes que buscam disciplina, precisão e desenvolvimento técnico. No entanto, para dar início a essa jornada, é indispensável compreender as exigências legais e os procedimentos formais que envolvem a prática regulamentada da modalidade.

Primeiro passo: o Certificado de Registro (CR)

A porta de entrada para o tiro esportivo é a obtenção do Certificado de Registro (CR), concedido pelo Exército Brasileiro, que autoriza a prática legal do esporte.

Para requerer o documento, é necessário ser maior de 18 anos, apresentar certidões negativas de antecedentes criminais, ser aprovado em avaliações psicológicas e de capacidade técnica, e estar filiado a um clube de tiro homologado.

Com o CR em mãos, o praticante pode solicitar a aquisição de armamentos, desde que tenha pelo menos 25 anos. Cada arma adquirida deve ser devidamente apostilada no CR, respeitando os limites de quantidade estabelecidos pela legislação.

As regras atuais, definidas pelo Decreto nº 11.615/2023 e pela Portaria nº 166 COLOG/EX, fixaram a validade do CR e do CRAF em três anos, reduzindo o período anterior de dez anos.

Regras para o transporte de armamento

Circular com armas e munições exige atenção especial à legislação de transporte. A Guia de Trânsito (GT), emitida pelo Exército, é o documento que autoriza o deslocamento legal do armamento entre residência, clubes de tiro e locais de competição.

Para treinos, a validade da guia é de um ano; para competições específicas, o prazo é de 30 dias. A ausência desse documento pode resultar em penalidades graves.

Progressão dos níveis de atirador esportivo

A evolução dentro do tiro esportivo é estruturada em quatro níveis crescentes, cada qual com requisitos próprios:

  • Nível 1: mínimo de 8 treinos ou eventos anuais e até 4 armas de uso permitido.

  • Nível 2: exige 12 treinos e 4 competições ao ano, permitindo até 8 armas.

  • Nível 3: requer 20 treinos e 6 competições anuais, com até 16 armas, sendo 4 de uso restrito.

  • Nível 4 (Alto Rendimento): demanda vínculo com Confederação ou Liga Nacional, participação em rankings oficiais e competições regulares. Neste nível, o atirador pode possuir até 8 armas de uso restrito.

Começando com segurança e responsabilidade

Para os iniciantes, alguns cuidados são essenciais, aponta a loja Top Arms, de Tatuapé (SP). A escolha de um clube bem estruturado e com instrutores qualificados facilita não só a regularização documental, mas também o aprendizado técnico.

Investir em equipamentos adequados e manter uma rotina constante de prática contribui para o desenvolvimento seguro na modalidade. Além disso, acompanhar de perto as frequentes alterações na legislação garante a conformidade legal.

O caminho para se tornar um atirador esportivo exige dedicação e seriedade, mas traz recompensas que vão além da técnica, promovendo responsabilidade, foco e crescimento pessoal.

Para saber mais sobre a categoria de atirador esportivo, acesse: 

https://g1.globo.com/politica/noticia/2023/07/21/governo-divulga-decreto-que-restringe-o-acesso-de-civis-a-armas-e-municoes-veja-novas-regras.ghtml

https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/cacs-como-era-e-como-ficou-apos-decreto-do-governo-lula-com-restricoes-as-armas/


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