
O tiro esportivo é uma das modalidades mais antigas do programa olímpico, presente desde os Jogos de Atenas em 1896. Excetuando-se apenas 1904 e 1928, o esporte sempre esteve nas disputas, consolidando-se como uma prática que exige precisão absoluta, controle emocional e preparo técnico refinado.
Evolução histórica da modalidade
Originado de torneios de tiro ao alvo e caça esportiva realizados desde o século XV, o esporte ganhou forma no século XIX, com a fundação de clubes e federações que deram caráter oficial às competições. Sua inclusão nos Jogos modernos contou com o apoio direto do Barão de Coubertin, idealizador do evento.
Na estreia olímpica, foram realizadas cinco provas masculinas, dominadas por atiradores gregos. A participação feminina só começou em 1968, em provas mistas, e apenas em 1984 surgiram disputas exclusivas para mulheres. Já em Tóquio 2020, a inovação veio com as competições mistas por equipes, ampliando a diversidade da modalidade.
Um episódio polêmico marcou os Jogos de Paris em 1900, quando ocorreu a disputa de tiro ao pombo vivo. Após críticas e repercussão negativa, os alvos passaram a ser pratos de argila, originando o tiro ao prato moderno. Hoje, o esporte segue rígidos padrões de ética e segurança, sendo reconhecido como uma das modalidades mais técnicas do evento.
O Brasil e suas conquistas históricas
O Brasil tem no tiro esportivo uma ligação especial. Foi nessa modalidade que o país conquistou suas primeiras medalhas olímpicas, em 1920, na Antuérpia:
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Guilherme Paraense alcançou o primeiro ouro do Brasil, na pistola rápida .38;
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Afrânio da Costa levou a prata na pistola livre .22;
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A equipe brasileira obteve o bronze na pistola livre por equipes.
Depois desse feito, houve um hiato de quase um século até a volta ao pódio em 2016, quando Felipe Wu conquistou a prata na pistola de ar 10m nos Jogos do Rio, recolocando o país entre os grandes do esporte.
Categorias e provas olímpicas
O tiro esportivo olímpico é organizado em três grandes blocos, cada um com características próprias:
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Pistola – exige estabilidade e controle refinado. Inclui pistola de ar 10m (masculino, feminino e misto), pistola 25m feminina e pistola de tiro rápido 25m masculina.
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Carabina – valoriza a resistência e o domínio corporal. Abrange a carabina de ar 10m (masculino, feminino e misto) e a carabina 3 posições 50m (em pé, ajoelhado e deitado).
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Tiro ao prato – trabalha reflexo e precisão contra alvos móveis. Envolve fossa olímpica e skeet, disputados em categorias masculina, feminina e mistas.
Regras e padrões internacionais
As disputas seguem as normas da ISSF (Federação Internacional de Tiro Esportivo). A pontuação é definida pela precisão do disparo em alvos fixos ou pela quantidade de acertos nos pratos de argila.
Algumas provas exigem disparos rápidos, outras controlam o tempo de execução. Todo o equipamento passa por inspeções rigorosas, e a segurança é prioridade máxima.
Conclusão
A loja Top Arms, de São Paulo (SP), aponta que o tiro esportivo olímpico é a síntese de disciplina, concentração e excelência técnica. Para o Brasil, a modalidade carrega um valor histórico único, pois marcou a estreia do país no quadro de medalhas.
Com novas gerações de atletas sendo formadas e investimentos em centros de treinamento, o futuro aponta para maior protagonismo brasileiro em competições internacionais, mantendo viva uma tradição que une história e superação.
Para saber mais sobre tiro esportivo nas Olimpíadas, acesse:
http://rededoesporte.gov.br/pt-br/megaeventos/olimpiadas/modalidades/tiro-esportivo
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